segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Malvada

A Malvada
Direção: Joseph L. Mankiewicz
Ano: 1950

     Essa direção e este roteiro são sensacionais, pois deram até aos personagens secundários, uma personalidade muito vasta. Absolutamente todas as personagens tem um papel extremamente significativo para a história do filme. A escolha de Joseph L. Mankiewicz ter Margo Channing como a inicial “durona” do filme é genial. A transformação de todos os personagens é perfeita, com exceção de uma única personagem, a empregada de Channing, todos os outros tem uma mudança radical.
     Apesar do filme ser longo, as escolhas de planos e angulações não poderia ser mais perfeita. Quando Margo vai encontrar seu “amante” (não são casados) na sala, ela se depara com Eve e ele conversando alegremente, antes mesmo que ele tivesse ido cumprimentá-la após sua chegada. Esta cena é mostrada com Margo de costas, em primeiro plano e Eve e o namorado de Margo conversando ao fundo, no centro da sala. Margo fica maior na cena, como se fosse a mais importante, e realmente era.
     A decupagem toda do filme é extremamente interessante, muitos planos longos de diálogos inteligentíssimos e complexos e um posicionamento de atores, também muito bons. A gesticulação dos atores é perfeita, o que faz as outras personagens, que não estão vivendo o dia-a-dia de Margo pensarem que ela é uma chata que está implicando com uma jovem tão boa como Eve, que só faz ajudá-la.
     Não há o que mudar na decupagem e direção de atores de Joseph L. Mankiewicz. Ele os fez perfeitamente, até por isso mesmo, cabe e deveu-se o Oscar de melhor filme. Impossível alterar tamanha façanha que entrou para a história do Cinema.

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