Salò ou 120 dias de Sodoma
Ano: 1975
Repulsivo. Arrepiante. Se eu pudesse classificá-lo em algum gênero, classificaria como um filme de terror. E o pior, ou o melhor que eu já vi.
Não é à toa que na capinha do DVD, logo na frente está escrito: “Proibido para menores de 18 anos – Desaconselhável para cardíacos e pessoas nervosas”. E é verdade.
Tudo acontece em Salò, uma comunidade italiana, que serviu de capital do estado-fantoche de Mussolini apoiado pelos nazis, a dita República Social Italiana, também conhecida como República de Salò. (WIKIPEDIA, 2010)
Os homens tratavam de selecionar os jovens homens e mulheres para a orgia que fariam mais tarde, trancados numa mansão. Quando já estavam lá trancados, as mulheres contavam histórias “estimulantes” sobre os ciclos de Dante e de Sade: O círculo das manias, o círculo da merda e o círculo do sangue.
Era como no fascismo. O “Estado” – no caso do filme os “Senhores líderes” – era superior à soma dos indivíduos – no caso do filme, os jovens – que formavam a “sociedade”, ao invés do Estado existir para servir. Todos os assuntos dos jovens pertenciam aos “Senhores Líderes”.
Enfim, Pasolini transpõe a história que a Itália viveu em orgias e comportamentos sexuais anormais. Trata-se da mais pura aberração histórica em forma fílmica. Alucinante. Talvez seja o retrato mais fiel de um fato histórico que eu já vi.